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você canta tão bonito, deixa todo mundo aceso e não percebe

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

poliverso


                                  1 lembrança
                                  2 de longe
                                  3 para perto
                                  4 a sentir

chegar


                                 é o verbo
                                 de onde mais gosto
                                 de partir

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

brincante

aos aboios, às ayabás:
auê nos olhos dela
não vão fazer, de seu lamento,
perna
dos senhores oficiais,
a autoridade das rabecas
pifes pandeiros alfaias
é paterna
para casos de perda
fraqueza ou festa
o corpo
pelo couro do falecido
empresta a reza

aroma breu

meia noite e nada
noite toda bárbara
meu medo receita fria
escurece em ventania
mina o mote
e mata
mas quieta, madrugada;
mais amargo fica
temperá-lo
ao meio-dia

deixa sangrar II

nas horas largas
sê de festa

relevo na testa?

releve o teste.

confesse confete

infeste

bem querer de dia

colo
de apuã
anauá seu peito
tu mais eu
em nosso feito, rudá
chaves para cainã
acordando, ceará
sabiá
três cocos
aqui venha
minha panamá
lua de taya iramaia
já sei te amar
canirim moreno,
boyrá

domingo, 22 de janeiro de 2012

Janaína à mineira

próximo


como envolver
certeiro
sua cintura de mulher mais velha?
perguntou a ela, que indicou sutil:
nem choro,
nem vela

tempo aqui

do abraço do instante
não fujo
amiúde
muros das bocas
as línguas vencidas
eu sujo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

solventes beijame!

creme ocidental

umberto belém. bom de Bic.
ex religioso unidos sem cacife
tarde qualquer
na fila do tédio
veio um poeminha de portão 
pariu no papel um clássico
reciclável, concreto, sua solução:
acendeu
e explodiu!
tomou a vaga brasileira
no concurso público pra Poetas do Brasil
(às más línguas,
seu mês agora engorda cinco mil)
a vida agora é essa
delírio no batente
cafezinho sem pressa
e bicando o país
pra frente!
ontem mesmo
belém deu uma mão
contra a dívida mobiliária
descolando uma campanha
da própria cara :
cobre o aluguel da estante
saque o poeta
no instante.

zooética

a p a l a v r a v a i a 
b a r 
b e a 
r i a 
b a r - b a r i e!
v o a
p r a
v a l a

baba imperial

quando nada pela rua
a par, à mercê do tempo
arrastando as palmas nos muros,
um trago eu recomendo;
a sós
de ideias canhotas

de costas pro monumento
meus olhos são gaivotas

Like a virgin oswaldiano

ataque ao pico
fellini cheio de dente
ata que o pico
PAU
na semente
que o tal pica
explico
é pique pra gente